Que audácia a minha, escrever e disponibilizar algo que pode interessar só a mim, enfim...
sexta-feira, 2 de junho de 2017
Devaneios
Ãh as palavras, como são difíceis; às vezes saem erradas, de supetão, em um momento inconconveniente, inapropriado, às vezes são contraditórias, às vezes ficam presas na garganta, às vezes saem perfeitas mas sem cor, sem brilho; às vezes de tão duras são avassaladoras, às vezes não tem nenhum sentido, às vezes não é preciso dizer nada, mas elas lá estão no silêncio, às vezes são repreensíveis, às vezes são doces, motivadoras, às vezes são débeis como agora. Normalmente as acompanham, o olhar, algum gesto que falam tanto quanto, reforçando a intenção; às vezes o gesto não as acompanham mas deveria; em que momento você devaneou? A possibilidade de erro é tanta que muitos se calam, preferem o silêncio e sem ação. Não se envolvem, não se expõem para não sentir/ou para não impingir no outro, a força delas.
Várias vezes me pego pensando, em que momento Eu poderia ter feito diferente? Em que momento deixei-me levar pela emoção e não falei as palavras adequadas ou falei demais? Porque não reagi quando me senti agredida ou não pedi desculpas por de alguma forma ter agredido alguém com minhas palavras, com meu gesto? porque as palavras não são ditas no momento preciso?
Essa volta toda é para falar o indizível, da angústia que está em mim, da cobrança eterna da perfeição mais que perfeita, desta que é seguramente algo inalcançável, das coisas que meus antepassados foram passando de geração em geração, e me fizeram carregar, dos ombros doídos, cansados das surras que levei da vida, das muitas vidas e que ainda não aprendi apesar de já ter caminhado bastante.
Porque me preocupo tanto? Inclusive com coisas que não me dizem respeito? Porque essa mania de me meter nas coisas dos outros, de querer ajudar, de fazer o que compete ao outro? Porque levar tudo tão a sério se vivemos num teatro de ilusões?
Algumas pessoas têm a característica de se envolverem em atividades complexas, desafiadoras, de difícil execução, no eterno auto-conhecimento, aperfeiçoamento, sou dessas, que tola, pura teimosia, vaidade; tomara não me torne chata a ponto que não queiram falar comigo, jogar conversa fora, palavras ao vento, algo que ainda me resta e que tanto gosto.
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