Que audácia a minha, escrever e disponibilizar algo que pode interessar só a mim, enfim...
terça-feira, 26 de julho de 2011
Em compasso de espera
Me sinto só, em compasso de espera, devagar. È algo imposto, sabe? Estamos no inverno e assim como o clima, estou poupando energia para o que virá. De vez em quando é preciso ficar quietinha, poupar a voz e ativar os outros sentidos. Deixar os pensamentos fluirem, para dar uma energizada, se conectar com outro universo que não seja o seu. Sair do controle, um pouco, é, falo da mania de querer controlar, de estar à frente de tudo, ser a dona da verdade, essa é uma carga difícil de carregar e muitas vezes perdemos tempo e energia com algo que não é necessáriamente seu e sair de cena às vezes é bom, para deixar o outro manifestar sua vontade e assim, ocorrer a troca necessária ao crescimento do todo.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Minha filha e Eu
Nossa relação de amor começou quando soube qual era seu sexo. Era um dia quente de verão, num dia de fevereiro. O médico me disse: Você terá uma menina, uma filha. Imediatamente uma sensação de ternura e amor tomou conta de mim; num misto de alegria e já pensando em protegê-la, alisei carinhosamente a barriga e pensando disse-lhe: Seja bem vinda filha e venha com coragem e sabedoria; pois, o mundo aqui fora por vezes é rude para conosco, o que torna a vida difícil. E Ela veio com a pele já dourada pelo sol e seu jeito de olhar expressavam toda a carga genética das mulheres qua a antecederam, como que pronta para o que iria viver e me dizendo a grande mulher que era. Lembro-me que fiquei assustada, como uma bebê poderia mexer tanto comigo? Seu olhar me inspirava de antemão, respeito, admiração e uma certa insegurança de "não dar conta do recado", pois me dei conta que era uma menina ainda (apesar de meus quase 32 anos), que seria mãe de uma mulher e precisava fornecer-lhe o suporte necessário para que trilhasse seu caminho. Como fazê-lo? Não há cartilha para isso. Vou tateando, usando um pouco de sensibilidade, às vezes uma certa rigidez e austeridade (a contragosto), meio por instinto e vou procurando conquistar sua confiança e não sufocá-la com minhas expectativas, com meus medos, com meu excesso de zeloe amor, tentando dosar minhas reações na medida certa (por vezes não consigo) de forma que Ela exerça seu jeito de ser com autonomia e confiança, sem medo de ser feliz. Paralelo a tudo isso, Ela continua mexendo comigo, me deixando intrigada, me instigando a acompanhar seu compasso, para não perdê-la e assim, continuar a caminhar lado a lado consigo e com isso me fazer crescer e viver junto com Ela.
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