Esse período, o do natal, não tem jeito a gente reflete mesmo. Estou atordoada com o noticiário, com o aumento de pessoas dormindo nas calçadas, os estampidos mais frequentes, as vidas que precocemente são ceifadas das mais diversas formas, aqui, lá, acolá... vide Alepo na Síria, um povo inteiro sendo dizimado, um lugar onde crianças de tão traumatizadas não choram, não falam, não riem. Vide os olhos de desesperança. O mundo parece que virou do avesso, nossos piores medos nos rondam; no Brasil, parece que o ano de 2016 foi o ápice dos acontecimentos, das falcatruas da corrupção que de tanto tempo gestadas se transformaram num monstro que "de repente" emergiu das profundezas, rompendo o fino manto que a cobria. Confesso que demorei a entrar no clima de natal, aliás nesse que a sociedade do consumo quer que acreditemos, o do Papai Noel que como sabem, é um palhaço (branco, todo enfeitado, abastado, vive em um lugar com neve, usa trenó, etc...) ou seja, não tem nada a ver conosco. Um certo alento tive antes de ontem; durante meus afazeres em minha área de serviço avistei o Shopping iluminado e pensei: Lá está o shopping, todo enfeitado com suas luzes cintilantes... mas Ele não me atrai. Sorri e continuei meus afazeres. Feliz natal gente, o verdadeiro natal; o natal que vê Cristo na pessoa do irmão, da partilha, da justiça, do perdão, da tranquilidade e paz no coração. Com carinho, Ray.